E pra começar, deixe-me creditar a "O Quinze" (de Rachel de Queiroz) a inspiração para o início deste blog. Ainda hei de falar mais sobre o livro, mas por ora digo apenas que ele me emociona, me provoca, me inquieta demais. Viagem minha ou não, sinto-me sintonizada com "a Rachel".
Sei da independência que a obra tem em relação ao seu autor, que minha leitura é, inevitavelmente, mediada pelos meus valores e experiências, mas ouso dizer que me sinto muito próxima desta autora, como se eu conseguisse sentir um pouco das angústias que, na minha ousada imaginação, ela sentia quando escreveu o livro. E sinto uma vontade enorme de expressar o que percebo e entendo de alguns trechos.
Hoje, no metrô, eu estava completamente tomada pelo que lia, muito emocionada, quando fui interrompida por um rapaz, que encostou na minha mão e perguntou se eu estava bem. Olhei pra ele e disse que sim, que eu estava apenas emocionada com a leitura, e voltei para o livro, na tentativa de finalizar o capítulo. Mas era impossível. Não vi sentido em sentir e pensar tanta coisa e guardar aquilo pra mim. Pois me revesti dum espírito meio missionário/propagandista e falei do livro pro rapaz! Nem sei se fiz bem (esse espírito missionário me soa um tanto arrogante, na verdade) e ele pareceu não compreender muito bem por que aquilo estaria me emocionando tanto. Mas o fato é que senti que precisava me expressar, que não me bastaria apenas a leitura do livro. Me senti inspirada. E foi essa inspiração que me trouxe aqui! Agora só me resta desejar que ela perdure e me sensibilize para outras tantas leituras e tantas outras expressões artísticas que ainda estão por vir! Tomara!
Estimada,
ResponderExcluirMassa a tua ideia de iniciar um blog.
Acredito, que um dos caminhos para que atinjamos, até mesmo, o nosso próprio entendimento daquilo que nos circunda e, no qual, estabelecermos uma série de significados, signos e identidades, esteja na literatura. Porque não no, próprio, ato de vomitar palavras? Afinal de contas, precisamos criar mediações entre nós mesmos e as formas peculiares presentes na objetividade. E, sim, é significativo se entregar, de corpo e alma, a isso que chamamos de escrita...
Fez bem -e nos faz bem- estabelecer contato com as letras. Por isso celebremos: a vida, a poesia, as artes, a música, o sentir, o amar, as pessoas, o teatro, a literatura...
Torço pelo sucesso desta sua nova empreitada! Serei um seguidor deste blog.
Sorte, muita, sorte!!!
Beijos!
Evoé!
Querido Jorge,
ResponderExcluirMassa é este seu comentário. Bom demais ver tua empolgação com as artes e com a minha empreitada!
Sim, celebremos!!
Beijos!
Puxa Thays, faz alguns(muitos) anos que li O Quinze, para um trabalho de escola, rsrrs.
ResponderExcluirMas, acho que agora vou relê-lo, com outros olhos e outras emoções.
Adorei.
Bjs.