sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Under my feet

             This time nature made the call! Two or three facebook posts on the beauty of Maragogi/Al beach soon took me to flight search and easy purchase of what seemed to be my “soul-demanding” trip. I’d get to Maceió on Sunday early morning and take the plane back to São Paulo from Recife/Pe 13 days later. Maragogi is an amazing beach between these two cities! Yes, I was excited.
            A few days before departure I booked 2 nights on Fernanda’s house through Airbnb, and I had the luck of her offering to pick me up at the airport for fair price. The bedroom was just right: fresh, spacious, with a private bathroom and a good mat. Fernanda and her daughter were really welcoming hosts who made me feel at home. I’m sure I left a new friend in Maceió! I ended up spending not 2 but 8 days there, giving up the stop on Maragogi or other top beaches I thought about visiting, and going straight to Recife.
            Maceió is surrounded by astonishing beaches, each one with its uniqueness in beauty that unfolds as you go along the shore. On top of that, the brutal variation of the sea level throughout the day creates multiple scenarios - the Brazilian Caribbean, as people there say! The tourists, nevertheless, crowd parts of the beaches under their umbrellas and loud music. Step away from them and you will check pure nature under your feet. I had a great time traveling to the beaches and exploring them by myself without any rush!
            It wasn’t easy to move to Recife. Airbnb helped me again and I found a simple bedroom for really good price in a “good-vibes” house where 3 young friends live. I was content with the amount of incredible beaches I had visited in Maceió and my heart now seemed to be leading me to connect to people and explore city life.          There went I: 4 hours on bus and the toughest commuting experience I have ever had. Right there, on the bus and metro station, beggars, dirt and hawkers set the scene. People looked tired resting against the wall, the floor or the few benches while waiting for the lazy train that took so long to arrive. I couldn’t hide my curiosity looking at all that picture: a religious singer made the soundtrack of the trip with his microphone and electric guitar inside that crowded wagon where hawkers were going back and forth trying to sell their goods, a cockroach, a poor scenario through the windows and the passengers sustaining their dignity on their mobiles, in informal talks or in silence. After that, my backpack and I had the surprise of reaching to a huge queue of people that desperately jumbled inside the late bus as it parked there. I was totally stunned but had the instinct of jumping inside it when people started hesitating to analyze if they could still fit in there. I travelled pressed against the door, my backpack and I, jumping in and out at every stop for people to leave. God, what life do this people live?! It seemed to be a constant struggle. That made me so sad...
            But the bright and enchanting part of Recife didn’t take long to arrive. After a cold shower I lay on the peaceful net surrounded by beautiful plants in the balcony of my “new house” and was called by Raissa offering me acerola juice; and then Giovani invited me to have lunch with them, and then we started a restful delicious Monday lunch talk! To me, these conversations were the biggest attraction of the city – people are proud of Recife and of their state of Pernambuco. They know a lot about their traditions, festivities, countryside cities and their geographical regions (each of them so particular in nature and culture). Lots of regional rhythms and well know artists were born in Pernambuco. It’s the crib of Frevo. People dance and love their carnival (the most important of Brazil). And they are always egger to share all this with you if you want to, what makes interesting every single interaction! I could hear, see and feel a poetic sense of belonging on people everywhere. My overloaded soul was feeling nourished and alive back again.
            Getting back to São Paulo wasn’t that easy. It was like I wanted to keep that experience for real and for life - that sea, those people, that mood, that lively calm, those dances, those rhythms. But São Paulo has no ceremonies in showing its busy and self-demanding personality. I felt tired and a sense of urge took my following days insisting that I should run away from there. I feel better now, though - better conscious about those amazing things that deeply moved my spirit and alive enough to face and enjoy the pain and the treats life reserve for us, regardless where our feet decide to be.

domingo, 11 de dezembro de 2016

Introspecção

Gratidão.
Daí me pergunto o que fazer com ela, como expressá-la.
E me respondo: responsabilize-se. Basta. É muito mais simples, é natural, natureza. Conecte-se.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

A provável benevolência campestre

Final de semana no campo, final de semana perto da natureza, perto de mim mesma, dos meus pensamentos, sentimentos e sensações, final de semana longo, produtivo, bom!


Impressionante a sensação de que os dias são mais longos no campo.  Sim, o relógio estava esquecido em algum lugar da mala, mas não foi só isso! A sensação que tive foi a de que eu estava muito mais atenta a mim mesma e menos preocupada em atingir as expectativas das várias pessoas e instituições que fazem parte da minha louca rotina paulistana.

A cidade tem dessas, imprime na gente uma necessidade urgente de ser e ter, de crescer, conquistar, aparentar. As empresas estabelecem seus prazos e metas, é preciso atingí-los para seguir minimamente estável e com alguma possibilidade de crescimento. Chefe e cliente precisam estar devidamente satisfeitos com a sua produção. É preciso ser bem-sucedido, produtivo. E nesta ânsia maluca, esquemos de nós mesmos e, sem percebermos, já somos parte da loucura urbana, correndo atrás do tempo e deixando tanto tempo pra trás.

O campo, ao meu ver, é mais benevolente. Apesar da lógica capitalista se alastrar impiedosamente por toda parte, me parece que ali ainda há espaço e tempo para ser quem se é, sem precisar estar todo o tempo sendo e vivendo a partir da lógica e demanda do outro.

Bom, lá venho eu mais uma vez com as minhas divisões binárias! Não, não quero ser simplista e esconder nesta minha dialética a complexidade de um ou outro espaço. Nem sei muito bem como estruturar os meus argumentos. Vou pensar melhor a respeito destas minhas impressões e, quem sabe, ainda escreva um pouco mais. Mas o fato é que, no campo, pude experienciar pelo menos um pouquinho da liberdade de me ver ligeiramente descolada das pressões urbanas que, porque permito, me invadem. Se o campo foi o grande responsável por isso, não sei ao certo. Mas que ele influenciou, disso não tenho dúvida!

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

A minha dialética

Há já algumas semanas um amigo querido, após ler um dos posts deste blog, comentou que eu era "dialética". Puts, dialética? Já ouvi este termo diversas vezes na faculdade, li o "O que é dialética" daquela coleção 'Primeiros passos', mas ainda assim confesso que este conceito permanecia abstrato demais pra mim. Eis que ontem entendi um pouco melhor não apenas o termo, mas o cometário deste meu amigo sobre a minha forma de organizar o pensamento. Acho que ele tem razão na observação que fez!

Tudo começou quando, refletindo sobre as minhas dificuldades e potencialidades, me percebi quase que duas pessoas: uma muito segura de si e outra muito frágil, insegura. Me diverti por alguns minutos comparando as duas - uma era quase o inverso da outra! De repente me dei conta que quem se divertia com toda aquela comparação era uma terceira parte de mim. Que percepção libertadora essa! Sim, pois por que raios eu havia escolhido me pensar a partir de uma divisão binária? O 'dois' (bom/mau, alto/baixo, justo/injusto, fiel/infiel, etc) simplifica, limita. A chegada desta terceira parte possibilitou uma quarta, quinta, sexta...

O ponto é que esta reflexão sobre as minhas partes é uma pequena amostra de como eu frequentemente organizo os meus pensamentos: em duas partes! E lá fui eu de novo tentar decidir se era bom ou ruim ser assim! Rsrs! Pensei que a minha dialética acaba sendo um tanto simplista, sim. Seria bom ficar mais atenta aos seus mecanismos quando eles aparecerem. Mas ela me ajuda a organizar meus pensamentos e, por sorte, assim como a dialética produz novas sínteses, não raro o contraste entre as duas partes acaba gerando uma terceira! Pelo menos foi assim ontem!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Vendo por outra perspectiva

A Tânia me ajuda aqui em casa a cada 15 dias. Pagamos bem menos do que aquilo que ela merecia ganhar pelo trabalho que faz. Na verdade é complicado mensurar trabalho: qual é o valor de um banheiro lavado ou uma camisa passada? De um apartamento organizado? E de uma aula de geografia, da produção de um programa de TV, de uma massagem, uma orientação médica, uma conta paga na boca do caixa?

Uma amiga minha, num bate-papo, diria que eu pago bem demais a Tânia e, noutro, defenderia um mínimo para uma sessão de fisioterapia. O mínimo é maior que a diária da Tânia e a defesa advém do fato de ela ser fisioterapeuta.

Muitas pessoas justificam a baixa diária que pago para Tânia, ou os baixos salários do segurança do banco, do porteiro, do moço que trabalha no caixa do supermercado, dizendo que estas pessoas não estudaram, não têm curso superior e, muitas vezes, nem ensino médio. E o que você acha disso?

Vou dizer o que eu acho (na verdade o que acho foi - e é - construído a partir daquilo que fui ouvindo durante a vida. Nada de muito inovador ou original, ok?!): acho que pagamos salários muito baixos para estes profissionais e, com isso, contribuímos para a construção de uma sociedade menos homogênea, justa e igualitária (3 palavras belamente utilizadas por Maria Conceição Tavares em uma rápida declaração para os jovens economistas).


O que vou dizer é meio óbvio e complexo ao mesmo tempo, mas vou tentar dizer mesmo assim: com a diária que eu pago pra Tânia (ok, confesso: R$ 60,00), qual a chance que dou a ela de almejar a conclusão do ensino fundamental? Perguntei a ela se ela não gostaria de voltar a estudar. Ela disse que já quis, hoje não quer mais. Disse que começou a trabalhar em casa de família aos 13 anos pra ajudar sua família (lá no nordeste), parou de estudar e nunca voltou.

Claro, não quero ser romântica e sair defendendo cegamente a Tânia (e, com ela, toda uma classe de trabalhadores). A Tânia é também responsável pelos rumos que sua vida foi tomando. Mas digo "também", porque realmente acho que ela não é a única responsável.

Como é possível apontar o dedo para alguém com uma trajetória de vida tão diferente da minha? Aos 13 anos eu estava estudando no período da manhã em escola particular e fazendo aula de balé e futebol no período da tarde! Independente de quanto meus pais pagavam numa coisa ou noutra, fica muito claro que existe um grande abismo entre a minha realidade e da Tânia.

A mim foi dada a chance de contato com a cultura, com leituras, com o pensamento lógico, a oportunidade de escolher um curso universitário e de cursá-lo, de pensar e construir um futuro. À Tânia, não. Sim, ela poderia ter "dado a volta por cima", batalhado, concluído os estudos, como muitos fazem. Mas para isso, a Tânia teria de ver ao longe uma boa perspectiva de que sua vida se tornaria consideravelmente melhor. Porque, diferente de mim, a Tânia teria de trabalhar, estudar e viver ao mesmo tempo: um esforço que, para tomar forma, precisa valer a pena! Ela não conseguiu ter esta visão. Nem ela nem a grande maioria que a cerca no Jd. Maria Luiza. Eu fui levada a pensar sobre o meu futuro: minha família, professores, as pessoas que me cercavam me impeliam a pensar sobre isso. Classe média pensa o futuro! E enquanto eu pensava no futuro, a Tânia estava se preocupando com o dia de amanhã, com a conta do mês.

E sabe o que eu faço quando pago R$ 60,00 para Tânia por um dia do seu trabalho? Imponho uma realidade semelhante ao filho dela, que ajuda trabalhando na feira. Qual a chance que ele tem de competir na vida com um possível filho meu? Poucas. Percebe como desta maneira não contribuo para uma sociedade mais igualitária?

De novo: não quero ser romântica, nem quero que eu e você demos as mãos e transformemos a realidade deste país de um dia para o outro. É tudo muito complexo e minha cabecinha não dá conta do problema como um todo. Sei disso. Mas acho que é preciso pensar a realidade da Tânia pela perspectiva dela, não pela minha. Entende? Olhar para a vida e as escolhas dela da mesma maneira que olho para as minhas só vai fazer com que eu a exclua e explore ainda mais. E o pior: exclua e explore com a consciência tranquila.

Precisamos de consciência tranquila para seguir vivendo as nossas vidas. Fato. Mas precisamos também nos permitir certas inquietudes, nos permitir pensar socialmente e não apenas individualmente, nos permitir novos olhares e novas perspectivas. Bom, é o que eu acho!

domingo, 4 de setembro de 2011

Foda-se

Então, me parece que este verbo está ganhando uma importância toda especial pra mim recentemente. Explico: eu sempre fui muito certinha. Quando na escola, sentava sempre na frente, boa aluna, muito atenta aos professores. Na facu, estupidamente empenhada. Digo estupidamente, porque tomei as aulas e a academia como fonte única de conhecimento. Estupidamente porque nunca me vi capaz de buscar o "conhecimento" (gordas aspas aqui, como diria o meu querido Jorge, já que certamente não vejo conhecimento como algo objetivo, merecedor de artigo definido na frente, mas me faltou palavra melhor. Vai assim mesmo.) por conta própria. As leituras que fiz nos 5 anos de universidade foram todas tópicos trabalhados em sala. Por sorte passei por professores incríveis e, consequentemente, li e aprendi muita coisa. Mas nada se compara à leitura motivada por interesses pessoais, particulares, individuais. Pelo menos pra mim! Pra mim, nada se compara à descoberta de alguma coisa.

Eu disse no primeiro post deste blog, inclusive, o quanto me alegra fazer algo por motivações internas, intrínsecas. E acho que me alegra tanto porque sempre tive dificuldade para perceber as minhas motivações, o meu gosto, construir as minhas opiniões... Estas percepções exigem sintonia com você mesmo e auto-confiança, coisas que parecem estar se refinando apenas recentemente aqui dentro! (E que bom!) O fato é que, seja pela razão que for, sempre fui refém da opinião e do gosto do outro. Claro, não de qualquer "outro": daqueles que admirava (invejava até).

Puxa, impressionante como a inveja é amiga quase que inseparável da insegurança. Bom, mais uma vez: pelo menos pra mim! Quando você não se conhece, não está (desculpe a repetição, mas...) sintonizado consigo próprio, tende a buscar ser aquilo que o outro é (vamos combinar que tudo aqui é: "pelo menos pra mim"? [rsrs]). Daí essa minha tão criticada característica, a indecisão. Claro, como decidir o que vestir se eu não consigo perceber aquilo que me apetece (Jorge, ó você de novo!)? Muito difícil conseguir me vestir de forma semelhante às diversas pessoas e aos diversos estilos que admiro (então, tem mais essa: sou consideravelmente aberta a ponto de conseguir admirar estilos bastante diferentes!). Resultado: horas colocando e tirando roupas e frequentes passeios mal humorados por conta da mera percepção de não ter acertado no estilo. Que droga.

Claro que o "vestir", aqui, é uma alegoria de toda essa reflexão maluca (não que não tenha a sua relevância nessa minha caminhada. Tem, e muita - infelizmente). A indecisão é minha parceira de longa data nesta área e em diversas outras. Resulta da desastrosa combinação: dificuldade de perceber os meus gostos e o consequente desejo de ser um pouco daquilo que o outro é (o que acabei chamando de inveja).

Caramba, e o que tudo isso tem a ver com "foda-se", Thays? - você deve estar se perguntando. É, nem sei direito [rsrs], me perdi um pouco! Deixa-me retomar o fio da meada: tudo isso para dizer que esse meu jeito "certinha", que mencionei no início do texto, é resultado da falta de percepção daquilo que me agrada, da consequente exaltação do "outro" (acompanhada até de certa inveja, de certo desejo de ser o outro), do ato de depositar nele toda a expectativa de aprendizado e, como derradeira e desastrosa consequência, do medo de decepcioná-lo (à entidade "outro" que neste post se estabeleceu).

É aí que mora o verdadeiro problema. Nossa, você não imagina o quanto este medo já me assombrou nessa vida, e ainda assombra. (Por favor, estou aqui revelando muito de mim. Peço que, em retribuição à confiança que lhe dou, tenha cautela antes de sair me rotulando - ó o tal medo! [hehe]). E ele não vem assim, revelado. Vem, ao contrário, velado, disfarçado, quase imperceptível. E se revela através da passividade diante da busca pelo conhecimento, da dificuldade em dizer não, de defender uma idéia... (Calma, preciso me defender aqui: não me imagine menina tonta, sem opinião. Não, pelo contrário até: aquilo que aprendo com a entidade (com o "outro"!) trago pra dentro de mim com força. Faço meu. E defendo. Mas defendo quando me sinto confortável, quando o "medo" (nossa segunda entidade do post) se retira. E isso não é tão incomum assim.)

Pois bem, o "foda-se": eis que recentemente este medo tem sentido medo de mim!! É o que parece! Tenho me percebido dizendo tanto "foda-se" nos meus diálogos internos! E, de longe, isso não é um descaso para com o outro, um desabrochar de certa irresponsabilidade ou irreverência inconsequente. É, no entanto, uma aguçada percepção de quem eu sou e uma sensação boa de gostar do que vejo, a ponto de não me importar com o que o "outro" irá pensar de mim. Veja, a caminhada não é tão simples: minhas inseguranças estão aí, atentas e oportunistas. Mas tenho aberto meus olhos também: a batalha não será tão fácil!

Ufa, era isso! Obrigada por ler até aqui!
Beijos!



Caramba, como pude pensar que eu não tinha o que dizer?! Pareço uma matraca! Nossa!
Há pouco entrei no quarto pra pegar uma blusa de frio e o local está impenetrável, tamanha a bagunça. Foi inevitável um riso de canto de boca seguido por um silencioso, mas não menos voraz, "foda-se"!!!

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Porque Brasil não é São Paulo e música brasileira não é bossa nova

Hoje me dei conta com maior clareza que Brasil não é São Paulo e música brasileira não é bossa nova. Por favor não me levem a mal: amo e desfruto de ambos com muita intensidade! Mas esta noite comecei a perceber que existe muita coisa para além daquilo que meus olhos e ouvidos puderam até agora perceber.

Talvez um leitor ou outro se antecipe e me ache no mínimo "lenta" por perceber isso apenas aos 27 anos, não sei. O fato é que recentemente descobri a bossa (através das vozes deliciosas de Rosa Passos e Leny Andrade) e vidrei nela. Acreditei ter encontrado a resposta para aquela terrível pergunta que tanto me aflige: "e, me fala... que som vc curte?"

Meu, sei lá que som eu curto! Num bate papo com outra pessoa que estimo demais, ouvi sobre a formação do gosto. Não me recordo ao certo (quem sabe não retomo este papo com ela e volto a postar sobre o assunto qualquer dia?!), mas ao que parece, gostamos daquilo que conhecemos, ou melhor, somos levados a dizer que não gostamos de coisas que, na verdade, não conhecemos (ok, retomarei o papo! [rsrs]). Enfim, como poderia eu falar que não curto aquilo que não conheço, dizer que não gosto de ópera, sem conhecê-la minimamente?

Então como eleger um ou dois estilos musicais para serem meus favoritos? Eu conheço tão, mas tão pouco de música! Eita pergunta chata esta! De qualquer forma, tudo indicava que eu tinha encontrado a minha resposta: bossa nova! E, de fato, como gosto de ouvir as gravações que essas duas (Rosa Passos e Leny) têm de clássicos (tá aí outra coisa que acho chata: "clássicos" - mas esse papo vai ter que ficar pra uma próxima, mesmo porque nem sei direito por que essa palavra me incomoda tanto) da bossa (ou daquilo que imagino ser bossa nova!).

Mas hoje fui pela segunda vez ouvir e dançar ao som de Pé de Mulambo e percebi a sabedoria daquela minha questão: "sei lá que som eu curto!". Bossa nova é uma delícia, mas o som que esses caras fazem (que, por ora, nomearei de forró - quem sabe um dia eu consiga ser mais específica!) é, também, fenomenal! E, para ajudar nesta minha longa reflexão, tive o privilégio de conversar com Junior Caboclo que, pelo que entendi, dá suas canjas com o Pé de Mulambo e, entre outros trabalhos, toca na Banda de Pífanos de Caruaru. E ele, com aquele sotaque que tanto me encanta, falou de muitos ritmos e festas e instrumentos e músicas e compositores... falou de Recife e Caruaru e de sua cidade (infelizmente não me recordo do nome)... e dos trabalhos que faz, dos instrumentos que toca, dos seus mestres... Enfim, um papo curto porém riquíssimo pra mim! E depois dele participei (também bem mais como ouvinte!) de outros papos. Uma noite cheia de trocas que me conduziu pra casa inebriada por tantas reflexões (vejam que não consigo parar de escrever!).

E tudo isso me ajudou a perceber que o Brasil é enorme e que a nossa música é muito rica e que tem gente demais e muita coisa rolando por aí afora. Que percepção bacana essa! Eu precisava compartilhar! =)




Ah, logo mais escrevo um pouco sobre "O Quinze". Preciso de mais tempo livre!
E outra coisa: vocês sabem por que as pessoas escrevem bossa nova com letra maiúscula?